Foco é sensibilizar parceiros sobre desenvolvimento de ações concretas que gerem resultados positivos

A COP 28 foi encerrada na última semana e, de maneira inédita, culminou na assinatura do compromisso de transição de todos os combustíveis fósseis, de uma “forma justa e ordenada”, como uma das ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa –  fundamentais para mitigar os impactos do aquecimento global.

Essa visão também foi destacada pelos representantes do Governo Brasileiro durante o evento, que reforçaram o discurso do presidente Luís Inácio Lula da Silva em sua primeira participação na COP 28.

“O presidente Lula disse que nós precisamos enfrentar o problema da emissão de CO2, reconhecendo que esse é um grave problema e, cada vez mais, termos alternativas para sair da dependência do petróleo”, afirmou a ministra Marina Silva

Discussões

A programação da COP 28 contou com vários painéis, nos quais aconteceram inúmeras discussões com os diversos atores dos governos, da sociedade civil e da comunidade internacional sobre a urgência de ampliar o financiamento climático para as cidades, como uma condição para acelerar a ação climática urbana, reconhecendo o papel de prefeitas e prefeitos na governança climática global. A ocasião também serviu para compartilhar as lições aprendidas por diferentes cidades do mundo na implementação de iniciativas de mitigação, adaptação e resiliência, incluindo as Soluções baseadas na Natureza, para fazer frente à crise climática em andamento, discutindo desafios e oportunidades para ampliar a escala, a replicabilidade e a efetividade de tais experiências.

“A crise climática emergiu como uma ameaça global aos direitos humanos e à vida das pessoas, especialmente as mais vulnerabilizadas – o que demanda ações abrangentes da sociedade e dos governos”, pontuou uma das representantes da delegação brasileira na COP28 e diretora-presidente da Conscience Carbon, Adriana Oliveira.

Cenário brasileiro

A bioeconomia, em um país de grande diversidade, como o Brasil, representa uma grande oportunidade para criar um modelo de desenvolvimento econômico baseado no uso sustentável dos grandes ativos da biodiversidade.

“Esse uso deve respeitar as estratégias de conservação e regeneração dos ecossistemas e contribuir, concomitantemente, para o alcance do equilíbrio climático. A bioeconomia se forma a partir de diferentes tipos de empreendimentos, negócios e cadeias de valor”, complementou Adriana.

Essa variedade é positiva ao incluir negócios coletivos e comunitários, que vão desde as pequenas e médias empresas até o setor de bioindústrias – que fazem uso intensivo de biotecnologia e podem alcançar os mercados internacionais, associando o conhecimento científico aos conhecimentos tradicionais.

É por isso que a Conscience Carbon utiliza mecanismos que conservam os estoques de carbono florestal, ao mesmo tempo em que fomenta o desenvolvimento socioeconômico sustentável. “Buscamos incluir pequenas e médias propriedades no mercado de carbono e estabelecer parcerias estratégicas com o agronegócio, a agricultura familiar, sistemas agroflorestais e comunidades tradicionais, contribuindo para democratização do mercado e para a justiça social”, explicou a diretora financeira da Conscience Carbon, Lilian Monteiro.

Ação local e negócios

As tratativas ligadas às finanças apontaram a necessidade de valorização das questões ambientais no sistema de investimento financeiro no Brasil em ocasiões de maior volatilidade cambial, além da abordagem sobre a perspectiva da criação do plano de transformação ecológica com o apoio do Banco Internacional de Desenvolvimento (BID).

Já o Diálogo Empresarial para a Economia de Baixo Carbono reuniu autoridades e profissionais especializados, que trouxeram à tona inovações no mercado mundial. “Essa COP foi a COP da urgência. A liderança desta edição chamou atenção para uma mudança de postura. Esse pensamento vem ao encontro dos valores da Conscience Carbon, que tem o compromisso ambiental como estratégia de negócios, gerando créditos de carbono que trazem benefícios sociais, ambientais e empresariais de grande alcance”, finalizou o também integrante da delegação brasileira na COP28 e  líder de Tecnologia da Conscience Carbon, Lucas Delbel.

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